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OLYMPIC GAMES RIO 2016 POR HUGO VINICIUS

20.set.2016

OLYMPIC GAMES RIO 2016

* Hugo Vinicius de Oliveira Silva

Agora, após ter participado do maior evento esportivo do mundo fico me perguntando: Como descrever a minha participação no “Olympic Games Rio 2016”?

Há mais de um ano lá estava eu fazendo inscrição no programa de voluntários das Olimpíadas Rio 2016 sem nem ao menos saber o que era ser voluntário. Hoje posso dizer que ser voluntário é doar seu tempo, trabalho e talento para causas maiores. Contudo, antes não saberia explicar isso, eu apenas queria ser voluntário, queria viver o que se faz ‘atrás das câmeras’, ver o que era o maior evento esportivo da história.

Em seguida, fui vivenciando cada etapa de escolha dos voluntários e enfim fui aceito, não apenas aceito, eu fui designado para o grupo de ‘Field Of Play’ da Arena Carioca 1 (FOP CAP 1). O que isso significava? Que eu iria trabalhar no esporte que mais amo, no Basquetebol e poderia ver todos os meus ídolos de perto. Desde pequeno tenho envolvimento com esse esporte e acho que estarei envolvido com ele o resto dos meus dias, era então a melhor notícia que eu já havia recebido e seria a melhor experiência também! Sim, escrevo com essa intensidade, porque eu realmente valorizo o esporte como base fundamental para o crescimento humano e esses jogos são o maior incentivo esportivo que alguma criança pode ter.

Colaborar na realização deste evento é algo indescritível, diria até inimaginável, e foi aí que eu descobri a logística tão grande e complexa que é necessária para realizar do início ao fim esse evento, aprendi a conviver tão de perto com esses jogadores (as) que vemos apenas virtualmente. Percebi que esses atletas são apenas humanos que curtem o que eles fazem tendo habilidades inexplicáveis e que eles se identificam com você, percebem que você está ali para ser um braço amigo e principalmente para nos divertirmos com eles e eles com a gente.

Vamos a parte não emocional, o que eu fazia lá? Eu era FOP (Field Of Play) colaborava desde o aquecimento dos jogadores pré-jogo até a parte organizacional e de manutenção da quadra pós-jogo. Fomos responsáveis por controlar todas as pessoas que entravam ou saiam do local de competição, recepcionar atletas nas áreas designadas, tínhamos que garantir que as áreas dos atletas estavam limpas, arrumadas e preparadas para o início das sessões. Vigiar a segurança dos pertences dos atletas, lidar com pertences perdidos, gerenciar chaves e armários, disponibilizar toalhas limpas e recolher as utilizadas. Garantir que o lounge dos atletas, quadra de aquecimento e de jogo, estivessem abastecidas com comidas e bebidas; reportar qualquer quebra ou problemas técnicos e por fim fazer o controle da quadra de treinamento quanto ao uso do local por cada equipe respeitando os protocolos, um bocado de coisa que se encaixou perfeitamente devido ao bom gerenciamento dos líderes e pelo bom trabalho de todos os voluntários.

Resumindo, ir para o RJ me proporcionou ver o que realmente é um evento esportivo bem organizado, me proporcionou conhecimentos novos e principalmente momentos e amizades que levarei para a vida toda, amizades desde o Acre (sim, acredite se quiser) até a China. Me proporcionou gastos? Sim, muitos, mas ter uma experiência como essa não tem dinheiro que pague. Enfim, nos encontramos em “ Olympic Games Tokio 2020”.

 

 

 

*Hugo Vinícius de Oliveira Silva é graduando do curso de Educação Física do Centro Universitário de Patos de Minas – UNIPAM. É Salva Vidas Civil no Caiçaras Country Clube e trabalha com musculação na academia Espaço Corpu’s. É auxiliar técnico de times de Basquetebol e Handebol a nível escolar.

Fotos: Acervo Pessoal